Talentos da Acacef – Sandra Nunes de Oliveira Geronazzo e Silmar Bohrer

Apresentamos o Talento para Trabalhos Manuais e Criação Artística de Sandra Nunes de Oliveira Geronazzo, residente em Joinville/SC, e associada à Acacef desde 2002. Natural de Porto Alegre/RS, ingressou na Caixa em 1975, mudando-se para Joinville em 1987. Mãe de 4 filhos homens, um já falecido, e avó orgulhosa de 5 netos. Seu hobby predileto é viajar. Contudo, sobra-lhe tempo para o artesanato, atividade a qual se dedicou pós aposentadoria, fazendo vários cursos, aprendendo novas técnicas, e isso lhe proporciona momentos de felicidade e realização. Trabalha com peças utilitárias em madeira, arte sacra e, recentemente, passou a se dedicar em produzir bijouterias finas e semijóias.

Suas obras além de serem apreciadas aqui, também poderão ser encontradas nas Redes Sociais. Endereços:

Instagram: @sandrageroartes ou @sandrartsbijoux;

Facebook: Sandra Geronazzo ou  Sandra Geronazzo Artes

(Aceita encomendas).

Parabéns Talento!

Para um poeta, a Biografia perfeita é expressa em forma de poema.

A imagem varou o século – papel e caneta                     sempre à mão.  Aos quinze anos o guri já                       assinava a revista Reader’s Digest. No colégio                      o grande prazer era fazer as redações que o                       professor Werno nos passava.  O prazer virou                       a necessidade de escrever.   As leituras                       constantes foram se tornando permanentes.                       E os livros, companhias inseparáveis.

A curiosidade trouxe a leitura de jornais,                       buscando variedades, agregando outros                       saberes, confrontando ideias.  O contato com
cronistas atiçou o gosto pela descrição dos
aconteceres do dia a dia, histórias e estórias
arrebanhadas de contadores de causos
verdadeiros.  Surgiram os primeiros versos
e crônicas.  Livros presentes.

Foi no quartel que o cabo Bohrer eternizou
sua primeira crônica de página inteira no
BIRIGUAÇU, o jornal do Batalhão.  Era junho,
sol inundava de luz e alegrias o vale do
Iguaçu naquele inesquecível domingo quando
o Brasil ganhou a Copa de ’70, o tri mundial
no México.

A crônica passou por todas as peneiras
do Alto Comando – os oficiais – para ser
aprovada.  E foi. Trago na retina e na memória
as primeiras palavras:  “Tendo como proscênio
o estádio Asteca, Brasil e Itália duelaram numa
partida de gigantes . . . “.   

Vida passando, caminhos se abrindo.
Estudos, trabalho, e a algibeira sempre farta
de livros e papeis e canetas.  Efervescência
dos vinte anos.  Horizontes.

As veredas do viver nos levam a tantos
lugares, esquinas, encruzilhadas, espalhando
cultura para tanta gente, porque o conhecimento
não é para ficar nas prateleiras, mas passado
adiante.

Nesta vida de realizações o escriba errante
criou três entidades culturais, sendo a mais
recente a ACLA – Academia Caçadorense de
Letras e Artes, onde escritores e pensadores
estendem conhecimentos ajudando a alargar
as ideias da comunidade.  Na esteira surgiram
seis livros publicados – sonetos, trovas, poemas
e lampejos.  Além de três de crônicas.

Passadas que movem sentimentos, prazer
e cultura, pondo alteridade nos nossos dias.  

Apresentamos o trabalho do colega Silmar Bohrer, da Regional de Caçador/SC, no qual nos brinda com dois poemas:

Poema 1 – das coisas

lidar
com as coisas
do pensamento

buscar
no limbo
a claridade

filtrar
da luz
o alvinitente

cantar
o bom canto
tão-somente

viver
a vida
sem lamento

perenizar
o verso
algum invento

Poema 2 – Quantos?

quantos EUS
há em mim
indagação
sem fim

quantos somos
eu e mim

quantos eus
sou

enfim

quantos ?

Obrigado Silmar, por compartilhar sua emoção conosco, expressando sentimentos em belas palavras. Assim, vamos conhecendo os Talentos da nossa Associação. Cada qual em seu estilo. Maravilhoso! Parabéns talento!