Chegamos ao começo de maio, completamos um mês do outono. Algumas árvores iniciam o despojar-se das folhas que as engalanaram na primavera e verão. Por ser uma estação de transição, algumas flores ainda dão o ar de sua graça. Observamos alguns lírios de Santo Antônio (eles nascem por si), botões de camélia branca, uma rosinha champanhe(daquelas que se compram em vasos nas floriculturas e depois vão ao jardim), o hibisco custou a aclimatar e agora está exultante, dálias rosas e amarelas, jacatirão, até a azaleia, ela é de uma variedade diferente pois de quando em vez sorri(tímido, mas sorriso), as caliandras, as açucenas, o bambuzal não flori, mas brotos surgiram às dezenas, as aroeiras floriram, a extremosa, tem uma outra que até o momento não descobrimos o nome, gerânio e malva…
Entretanto, todo esse batalhão não fez e fará frente a ele. Já foi citado por mim há um ano, de algumas sementes recebidas numa campanha de reflorestamento com espécies nativas lá atrás, agora ele dominou por completo a paisagem. Olho para o pasto do varal e lá está ele deslumbrante. Volvo o olhar para o pradinho e lá ele está, passeio pelo pomar e vejo sua presença, no bosque da manhã ele fincou raizes e floriu, abro a porta da cozinha e lá está ele a enfeitar o gramado da varanda, até no bosque da tarde ele ocupou um cantinho, na severa Alameda dos bambus ele intrometeu-se, na horta da casa de madeira um dos mais lindos exemplares, para abrir e fechar a porta do galpão tenho que pedir licença, pois os galhos estão baixos pelo peso dos cachos e com a chuva caem ainda mais, em frente da propriedade para deleite dos passantes atentos, enfim, multiplicaram-se.
Na vizinhança já há alguns exemplares, até para uma cidade do litoral norte de SC, ele viajou! Após o floreio a árvore produz sementes em vagens que quando maduras explodem…
Trata-se de um arbusto, caule da cor amarronzada, folhas verdes e flores, abundantes flores na cor amarela, o amarelo da Bandeira do Brasil. Ele é o fedegoso do mato!
Humberto Senen
Associado Acacef