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A força feminina na Caixa

A Caixa Econômica Federal do Estado de Santa Catarina, por meio da Gerência Geral (cargo de maior poder decisório da CEF a nível estadual na época), foi o banco pioneiro em lançar mulheres para o cargo de Gerência (no estado), quando os concorrentes ainda demorariam alguns anos para avançar. A primeira mulher a desbravar esse universo preconceituoso e exclusivamente masculino, foi a colega Maria Regina Araújo Rodrigues, nomeada Gerente de Agência no final do ano de 1978, assumindo na cidade de Brusque, onde já desempenhava a função de Subgerente da agência. Sua indicação foi do Gerente Geral da Caixa Filial de Santa Catarina, Senhor Luiz Carlos Aragão. Quebrar esse tabu na área de trabalho foi difícil, e mais complexo ainda foi o desempenho, pois havia a responsabilidade pelo sucesso e a necessidade de atuação acima da média, caso contrário, ocasionaria um retrocesso na abertura de mercado para a profissional feminina, fechando as portas, por ineficiência, e certificando o comportamento machista de alguns. Ciente da responsabilidade, a desbravadora Regina atuou com maestria na Gerência da Agência de Brusque, onde permaneceu por quatro anos, sendo posteriormente transferida para exercer o mesmo cargo na agência da cidade de Jaraguá do Sul. Se, atualmente temos inúmeras colegas atuando em áreas de gestão da Caixa, o bom desempenho e a coragem da precursora Regina foi determinante

Dia Internacional da Mulher, especialmente para nós, aposentadas da CEF, merece ser celebrado como o dia do Desafio da Mulher na Carreira junto na Caixa Econômica Federal. Parabéns às mulheres guerreiras, em qualquer atividade ou função de confiança, pois sua dedicação, vigília e labor são reconhecidos e necessários à nação brasileira.

Mensagem da Regina:

“Iniciei em 1978, na agência de Brusque, onde era Subgerente; o Gerente Sr. Batistotti foi transferido, e eu promovida. Como já trabalhava na agência o acolhimento foi bom. De Brusque fui para Jaraguá do Sul e depois para Itajaí, de Itajaí voltei para São Paulo, na cidade de Santos onde me aposentei em 1991.

Quanto a receptividade só tive problemas em Jaraguá do Sul onde quando o cliente era encaminhado para falar com o gerente e via que era uma mulher, muitos davam as costas e saiam da agência. O preconceito ficava evidente. Mas entre os demais gerentes não sofri preconceito.

A Caixa foi meu primeiro e único emprego e tenho muito orgulho de ter aberto caminho para outras colegas que vieram posteriormente exercer funções de comando!”

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